quinta-feira, 19 de maio de 2011

Causas do acidente no voo 447 serão conhecidas até o final de junho

As causas e as responsabilidades do acidente no voo Rio-Paris, que caiu em 2009 próximo à costa do Brasil com 228 pessoas, serão conhecidas provavelmente até "o fim de junho", após análise completa das caixas-pretas, disse nesta quinta-feira (19) o secretário francês dos Transportes, Thierry Mariani, de acordo com o jornal Le Monde.

Ele lembrou que "há desafios enormes”, já que estão envolvidos uma fabricante de aviões, uma companhia aérea, e as famílias das vítimas.

Uma nova revelação sobre as causas do acidente indica que os pilotos do avião Airbus, operado pela Air France, não passaram por uma área de turbulência, ao contrário do que havia sido discutido nos últimos dias.

A informação foi transmitida hoje pela rádio francesa Europa 1, citando uma fonte próxima à investigação conduzida pelo BEA (órgão francês responsável pelas investigações), segundo o jornal Le Monde.

A rádio afirma que não houve erro do piloto na trajetória, porém permanece sem explicação o motivo pelo qual o avião parou. Entre as explicações disponíveis até então, a Airbus não considera a possibilidade de que seu A330 caia de repente, e cogita-se que a Air France não tenha treinado seus pilotos para atuar em tal cenário.

Desde que as investigadores franceses anunciaram ter recuperado todos os dados contidos nas caixas-pretas, nesta segunda-feira (16), já foi cogitado que o acidente teria sido causado por uma falha da tripulação e, nesta quarta-feira (18), o BEA afirmou que “não houve uma disfunção maior” da aeronave.

Causas de acidente são combinação de vários elementos, diz Air France

Já o diretor geral da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, declarou nesta quinta-feira que ainda não é possível determinar as responsabilidades do acidente no voo AF 447, se recusando a comentar “suposições”, informou o jornal Le Figaro.

- Todos os especialistas repetem, infinitamente, que um acidente é sempre, sempre, sempre, a combinação de vários elementos.

Tanto a Air France quanto a Airbus foram indiciadas em março por homicídio culposo na investigação sobre o desastre no qual morreram 228 pessoas, entre elas 59 brasileiros.

Do R7