terça-feira, 21 de junho de 2011

UPA de Parnamirim deve ser concluída em 90 dias

Desde novembro de 2010 a população do bairro Nova Esperança, em Parnamirim, e todos os habitantes dos conjuntos e cidades próximas deveriam ter à sua disposição uma nova e moderna Unidade de Pronto Atendimento (UPA), funcionando 24 horas para tratar casos de urgência e emergência. No entanto, sete meses depois do prazo previsto só existe a cobertura metálica do prédio e a estrutura onde será instalada a caixa d'água. Previsão, entretanto, é que obra seja retomada nos próximos dias e concluída até setembro.

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A obra erguida com recursos municipais, estaduais e federais foi paralisada logo após as eleições de 2010 e desde então só tem servido para acumular mato ao seu redor, enquanto as placas de pré-moldados se mantêm empilhadas sob a cobertura e os tapumes de madeira se desgastam com o tempo. Um vigilante, pelo menos, garante que o local não sirva para reunir criminosos, ou mesmo usuários de drogas.

"Aqui, essa região tem crescido muito e não temos onde levar alguém doente, que precise de atendimento urgente. Quando cheguei há três anos só havia umas três casinhas, mas agora são muitos condomínios e conjuntos e essa UPA ajudaria demais", afirma a comerciante Mariza Silva. Ela mantém seu comércio na avenida Rosa Fernandes, a mesma da unidade, e lamenta que até agora só exista no local uma estratura sem qualquer funcionamento, vizinho a uma praça também abandonada, há anos, na qual o mato já tomou conta.

A dona de casa Larissa Pereira, mãe de Maria Alice, de um ano e meio de idade, reclama que nos casos mais graves os pais precisam levar os filhos até a UPA da Rosa dos Ventos, a quase 3 km do local, ou mesmo outras unidades distantes, como o hospital Deoclécio Marques. "Isso com um pronto atendimento bem pertinho, mas que não se termina", lamenta. No posto de saúde da mesma avenida, os funcionários revelam que são sempre questionados pelos usuários a respeito da obra, mas não têm informações a respeito.

O secretário de Saúde de Parnamirim, Marciano Paisinho, explicou que a obra foi paralisada ainda em 2010 por falta de repasse de recursos por parte do governo estadual, que seria o ente responsável por gerenciar a construção do prédio. "Mas tivemos a informação de que o valor, mais de R$ 1 milhão, foi repassado na semana passada e agora a Prefeitura deve repassar sua parte, que é de R$ 380 mil, já na próxima semana", afirma.

Com isso, as obras provavelmente seriam retomadas ainda em julho. "Acredito que por ser uma estrutura em pré-moldados, deve estar concluída em uns 90 dias", cogita o secretário. A expectativa é que a unidade se una à UPA já existente, em Rosa dos Ventos, e à unidade de pronto-atendimento na praia de Pirangi do Norte, formando uma rede onde poderão ser recebidos os pacientes de urgência e emergência .

A expectativa é a mesma do comerciante Luciano da Silva. "Começaram a fazer essa UPA, mas pararam logo depois da campanha. Só fizeram mesmo o galpão. Enquanto isso, se alguém por aqui adoece, a gente tem de levar até o centro da cidade e quem não tem carro ou moto, ainda tem de pagar pelo transporte", diz.

Unidade deveria ter sido concluída em outubro

As obras da UPA de Nova Esperança foram iniciadas em agosto do ano passado e deveriam ficar prontas até o final de outubro, para o atendimento começar a funcionar em novembro. O investimento previsto era de R$ 2,8 milhões na estrutura física, que incluía condições similares à de uma unidade de tratamento semi-intensivo. Do orçamento, R$ 2 milhões viriam do Ministério da Saúde, R$ 400 mil do estado e R$ 400 mil do Município.

A UPA, quando pronta, deverá ter dez leitos, pronto-socorro odontológico e será utilizada como referência para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na região. Outros R$ 2 milhões serão investidos em equipamentos, ficando 50% na conta do Governo Federal, 25% do estadual e 25% da Prefeitura. O custo mensal para manutenção é estimado em R$ 350 mil e a equipe de mais de 300 profissionais contará com clínicos, pediatras, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, técnicos em enfermagem, em raios-X, farmacêuticos e bioquímicos.

O secretário de Saúde de Parnamirim, Marciano Paisinho, afirmou que o posto de saúde existente a poucos metros da futura unidade não será desativado. A primeira UPA de Parnamirim, inaugurada em 30 de abril de 2010, no bairro de Rosa dos Ventos, é mantida com recursos do Município .

Força tarefa ajudará a desengavetar inquéritos

Os 1.110 crimes de homicídios de  ocorridos no Rio Grande do Norte entre 1991 e 2007 e que estão fora da prescrição de 20 anos, prazo previsto para que se chegue a autoria, prisão e condenação judicial dos criminosos, terão os inquéritos desengavetados no âmbito da Delegacia de Homicídios (Dehom). As investigações desses inquéritos serão reabertos por uma força tarefa, que vai ter a colaboração de um três esquipes da Força Nacional que chegaram ontem a Natal. O delegado de Homicídios, Marcos Vinícius dos Santos, é coordenador local da dessa força tarefa e disse que estão no Rio Grande do Norte 17 delegados da Força Nacional de Segurança, aos quais se juntarão mais dez equipes da Polícia Civil do Estado. "Cada equipe terá um delegado, um escrivão e três agentes", informou. O secretário estadual de Segurança Pública, Aldair Rocha apresentou os 17 delegados da Força Nacional de Segurança que irão atuar em parceria com os delegados potiguares na investigação de inquéritos criminais instaurados até o ano de 2007. Os delegados são oriundos dos estados do Piauí, Pernambuco, Maranhão, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Cerca de 300 inquéritos ficarão a cargo de cada equipe.

Da Tribuna do Norte