terça-feira, 12 de julho de 2011

Rio Grande do Norte se adapta ao desenvolvimento da energia eólica

Atenções do mundo se voltam para a geração de energias limpas e o Nordeste do Brasil se destaca como região ideal para projetos de eólica.

Os recentes acontecimentos em relação à geração de energia no mundo - como o acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima - têm aumentado a concorrência pelo espaço para exploração da energia limpa. Neste cenário, o Nordeste brasileiro vem sendo apontado como um dos locais com maior potencial para a geração de energia renovável em todo o mundo e fatores como regularidade e intensidade dos ventos fazem com que o Governo do Estado estime que serão investidos mais de R$ 6 bilhões em território potiguar, apenas em empreendimentos e equipamentos voltados para a geração da energia limpa.

turbina-eolica

 

Dessa forma, o terceiro leilão de energia eólica, que será realizado nos dias 17 e 18 de agosto deste ano, vem gerando grande expectativa entre representantes e empresários do setor no Rio Grande do Norte.

De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Benito Gama, a corrida em busca da exploração da energia em terras potiguares já precisa da liberação de três mil megawatts habilitados para o Estado, quantidade que será apresentada no leilão de energia marcado para os dias 17 e 18 de agosto. “Vamos tentar garantir a exploração dos três mil megawatts, mas se sair mil, já estamos no lucro”, detalha o secretário, ao mesmo tempo em que afirma que as indústrias eólica agregam valor para a economia potiguar.

POTENCIAL EM EÓLICA GERA NECESSIDADE EM CAPACITAÇÃO

A necessidade em desenvolver tecnologia e pessoal habilitado para atuar com energias limpas, fez com que o Centro de Tecnologias do Gás (CTGás) ampliasse as suas áreas de atuação, incluindo ações voltadas ao desenvolvimento das chamadas energias renováveis. Assim, em 2009, o centro criado através de uma aliança entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Petrobras passou a se chamar CTGás-ER e vem atuando fortemente em iniciativas com foco na energia eólica.

Além de treinar pessoal, o CTGás-ER conta com diversos laboratórios voltados à energia eólica e alguns deles não existem em nenhum outro Estado brasileiro, como é o caso do espaço destinado à calibração de anemômetros, que é um equipamento de medição de vento, cujos dados são utilizados em estudos para o desenvolvimento e monitoramento da produção de energia eólica. Essas informações também baseiam os projetos que são habilitados a participar dos leilões.

Apesar de garantir que não houve redução nas atividades relativas ao gás, a diretoria do Senai afirma que a pauta da indústria passa por novas fontes energéticas e a energia eólica tem sido priorizada em relação aos demais tipos de energias limpas.